sábado, 6 de maio de 2017

OS DRAGÕES, ANJOS CAIDOS

OS DRAGÕES – Filhos Rebeldes à Luz

Quem são os dragões e com que forma física ele se apresentam?
Com aspecto de forma humana-repteis (lagarto)? 

Iniciamos com um trecho do capítulo 8 do livro Libertação, do autor espiritual André Luiz, onde ele relata que em uma missão liderada pelo instrutor Gubio e seguido de Elói foram recebidos pelo sacerdote Gregório, numa cidade estranha do localizada nas faixas vibratórias densas do umbral inferior. Sentado em pequeno trono que lhe singularizava a figura no desagradável ambiente, a exótica personagem rodeava-se de mais de cem entidades em atitude adorativa.

Trajava ele uma túnica escarlate e nimbava-se de halo pardo-escuro, cujos raios, inquietantes e contundentes, lhes feriam a retina. Com um simples gesto determinou regime sigiloso para a conversação que entabolaria e em alguns segundos, o recinto se esvaziou de quantos dentro dele se achavam, estranhos a presença deles três.

Cumprimentou Gubio, exibindo fingida complacência, e falou:
- Lembra-te de que sou juiz, mandatário do governo forte aqui estabelecido. Não deves, pois, faltar a verdade e acrescentou: Em nosso primeiro encontro, enunciaste um nome...
-Sim – responde Gubio, sereno -, o de uma benfeitora,
-Repete-o! – ordenou o sacerdote, imperativo.
- Matilde

O semblante de Gregório fez-se sombrio e angustiado. Dir-se-ia recebera naquele instante tremenda punhalada invisível. Dissimulou, no entanto, dura impassibilidade e, com a firmeza de um administrador orgulhoso e torturado, inquiriu:
_Que tem de comum comigo semelhante criatura?
Nosso orientador redarguiu, sem afetação: asseverou-nos querer-te com desvelado amor materno. 
 -Evidente engano! – aduziu Gregório, ferino – minha mãe separou-se de mim, há alguns séculos. Ao demais,  ainda que me interessasse tal reencontro, estamos fundamentalmente divorciados um do outro. Ela serve ao Cordeiro, eu sirvo aos Dragões (1)

(1)   Dragões – Espíritos caídos no mal, desde eras primeiras da Criação Planetária, e que operam em zonas inferiores da vida, personificando lideres de rebelião, ódio, vaidade e egoísmo; não são, todavia, demônios eternos, porque individualmente se transformam para o bem, no curso dos séculos, qual acontece aos próprios homens. – nota do autor espiritual, André Luiz.

Eis aí um excitante assunto, ao qual muitos espíritas torcem o nariz, fingindo que ele não existe na Doutrina Espírita e outros que o admitem, mas não falam no assunto, por não achar a hora adequada; mas é chegada a hora de nós sairmos da concha fechada do conhecimento mais básico do Espiritismo e da nossa ingênua idealização romântica da doutrina e estudarmos as suas complexidade de fenômenos,  que quer queiram ou não, nos atingem.

Do livro Transição Planetária (cap.4) pelo Espírito Philomeno de Miranda, Divaldo psicografou: "Esta não é a primeira vez que o mundo terreno recebe viajores de outras moradas, atendendo à solicitação de Jesus-Cristo, qual aconteceu no passado, no momento da grande transição das formas, quando modeladores do vaso orgânico mergulharam na densa massa física fixando os caracteres que hoje definem os seus habitantes... Da constelação do Cocheiro vieram aqueles nobres embaixadores da luz que contribuíram para a construção da Humanidade atual, inclusive outras inteligências, todavia, não moralizadas, que após concluídos alguns estágios evolutivos retornaram, felizes, aos lares queridos... incontáveis membros das tribos bárbaras do passado, que permaneceram detidos em regiões especiais durante alguns séculos, de maneira que não impedissem o desenvolvimento do planeta, assinalados pelo primitivismo em que se mantiveram.

"Apresentam-se exóticos uns, agressivos outros, buscando as origens primevas em reação inconsciente contra a sociedade progressista, tendo, porém, a santa oportunidade de refazerem conceitos, de aprimorarem sentimentos e de participarem da inevitável marcha ascensional... Expressivo número, porém, permanece em situações de agressividade e indiferença emocional, tornando-se instrumentos de provações rudes para a sociedade que desdenha.

Fruem da excelente ocasião que, malbaratada, os recambiará a mundos primitivos, nos quais contribuirão com os conhecimentos de que são portadores, sofrendo, no entanto, as injunções rudes que serão defrontadas. Repete-se, de certo modo, o exílio bíblico de Lúcifer e dos seus comparsas, no rumo de estâncias compatíveis com o seu nível emocional grosseiro, onde a saudade e a melancolia se lhes instalarão, estimulando-os à conquista do patrimônio de amor desperdiçado na rudeza

No cap. 6 do mesmo Transição Planetária; lemos:
... Ao acercar-se, podemos ver em hediondez diversos Espíritos com fácies e formas lupinas como se estivéssemos em um cenário de imaginação doentia, observando antigos seres humanos que se fizeram vítimas da zoantropia. Com aspectos repelentes e hórridos, eliminavam baba pegajosa pelas bocas escancaradas e os olhos brilhantes procuravam os cadáveres cujos Espíritos estávamos libertando.
Subitamente tentaram atirar-se sobre um dos montes de membros e corpos misturados, como se estivessem esfaimados.
Fora a primeira vez que me deparara com cena de tal porte.
Percebendo-me as interrogações mentais, o hábil diretor veio-me em socorro, explicando-me:
- Trata-se de Espíritos muito infelizes, cujas existências na Terra foram terrificantes e que construíram as aparências perversas atuais como decorrência do mal que praticaram indiferentes ao sofrimento que causavam. Haviam perdido a sensibilidade do amor e, por isso mesmo, deformaram psiquicamente o perispírito que, após a desencarnação do corpo somático, encarregou-se de modelá-los conforme se encontram. Sucede que a única diferença em relação aos demais casos de zoantropia, é que, normalmente, a ocorrência é individual, no entanto, porque constituíam um grupo asselvajado que laborava em conjunto, o fenômeno alcançou-os a todos, neles plasmando a deformidade lupina que os faz temerários, imprimindo-lhes as necessidades alimentares típicas do gênero canis lúpus, mantendo a mente entorpecida... Por automatismo, prosseguem na sanha do desequilíbrio até o momento quando a misericórdia de Deus deles se compadeça e sejam recambiados às reencarnações expiatórias muito dolorosas...

Cap 16 > Os dois mundos de vibrações - físico e espiritual - aumentaram o intercâmbio com maior facilidade e o conúbio espiritual inferior começou a fazer-se tão simples que qualquer comportamento mental logo encontra resposta em equivalente sintonia com os Espíritos que se movimentam nessa faixa vibratória. É claro que aquela que diz respeito aos sentidos mais agressivos e sensuais, predomina na conduta generalizada.
Conversando com o amigo Ivon, logo pensamos nas grandes lutas do Armagedom, conforme as velhas anotações bíblicas, que seriam sintomáticas do fim dos velhos tempos, para dar acesso aos novos e ditosos, transferidas do vale das guerras do passado de Israel para todo o planeta atual...
As ameaças de fim do mundo, criando pavores nas mentes e nos comportamentos emocionais mais frágeis, começaram a ser motivo de medo, de ansiedade e de desespero, assim como as propostas em favor do aproveitamento de todas as sensações, como forma de esquecer a vida e suas mazelas, assumiram papel de destaque nos vários grupos sociais...

Médiuns que haviam aceitado compromissos de alta responsabilidade para exercer a faculdade com Jesus, nestes difíceis dias, sem dar-se conta, estão abandonando a vigilância recomendada pelo Mestre e por Allan Kardec, para engalfinhar-se em lutas de competição doentia, buscando lograr posições de relevo, enquanto se fazem instrumentos de Espíritos levianos, que se comprazem em profetismo de terror e revelações confusas, mediante as quais tentam introduzir no movimento espírita as informações inautênticas de que se fazem portadores, gerando incompreensão e desordem.

Tudo diz respeito à resposta das Trevas organizadas contra a programação do dúlcido Cordeiro, pacífico e pacificador, que não revida ao mal, prosseguindo com os métodos do amor, no afã de promover o progresso da Humanidade e do seu berço terrícola.

Em nossas reflexões, nas noites seguintes, podíamos ver, sem qualquer dúvida, as caravanas de luminares descendo na direção da Terra, com a missão sublime de facilitar a reencarnação dos novos condutores do futuro ao lado dos imigrados de Alcíone em verdadeira sinfonia de bênçãos.

Quem então são os dragões?

O planeta Terra tem encerrado em seu interior, no plano paralelo à vida física (conhecido como plano astral) seres de brilhante inteligência, sedutora beleza, porém formados sob outra ética, bem diferente da difundida pelo Cristianismo ou pela Doutrina Espírita. São os famosos e lendários “dragões”, cujas referências bíblicas podem ser encontradas no livro do Apocalipse.

O Livro de Enoch nos fala dos “Anjos Caídos” que revelaram aos homens primitivos (terrícolas) muitos segredos e conhecimentos a respeito de magia, astrologia, oráculos, como fabricar armas, e invenções tecnológicas que ajudaram no erguimento das primeiras civilizações.

Os “dragões” são entidades espirituais transmigrados de vários planetas em levas de bilhões de criaturas rebeldes aos sublimes estatutos de Deus, principalmente de “Capela” e que foram migrados para a Terra na época dos hominídeos. Tais seres aqui aportaram com permissão das autoridades celestiais quando a Terra ainda estava na transição de espécies mais primitivas de seres humanos para a atual espécie que domina a face da Terra.

Porquê tinham corpo perispiritual extrafísico vieram em naves astrais, dominada àquele tempo pelos tutores interplanetários que lhes fizeram o transporte. Um trabalho de minúcias, planejamento e milênios de execução.

São entidades de elevado grau de inteligência, com larga soma de conhecimento das leis naturais e com rara habilidade de manipular as energias. Conhecem a psicologia da alma, avançaram em tecnologia e são tenazes na busca de seus ideais. Adquiriram o domínio do inconsciente, tornando-se manipuladores dos sentimentos;  se desenvolveram sob a ótica e ética das trevas, contrárias à evolução espiritual em direção à luz.

Chegados à Terra em degredo, formaram castas de rebelião usando as tendências inatas de inconformação com o exílio. Renascidos nos troncos antropológicos mais remotos, foram, paulatinamente, resgatando as reminiscências da bagagem intelectiva e social que armazenaram.

Quatro troncos de transmigrados foram decisivos para a construção da história da Terra nos últimos 15.000 anos (consulte o livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, pelo médium Francisco Cândido Xavier). Eles se disseminaram pelos povos da Suméria e Mesopotâmia. Espalharam-se pela Caldeia e depois pelos povos que originaram a família indo-europeia.

Deixaram relatos claros de seu poder criador no Egito, na China, na Índia e na velha civilização greco-romana. Entre os quatro troncos, dois deles, o ariano e o povo da casa de Israel ou tronco judaico-cristão2, sempre estiveram presentes nos mais conhecidos episódios da história humana. Ora como egípcios,
ora como hebreus. Ora como romanos, ora como palestinos. Ora como nazistas, ora como judeus.

Tais espíritos se revezaram em uma das mais sangrentas e antigas disputas que transcende a chegada de todos eles a esta casa planetária. Os arianos como cultores da raça pura e do progresso pelo domínio, amantes do poder, das castas. Os judeu-cristãos como o grupo mais afeiçoado à religião, amantes do Deus único e também os mais pretensiosos proprietários da verdade. Nos primeiros, a arrogância nacionalista. Nos segundos, a arrogância religiosa.

Digladiam por milênios afora dando continuidade a uma velha disputa pelo poder. Ambos adoecidos pela vaidade. Os arianos acreditam na força bélica, e os judeu-cristãos na força divina. Religião e armas são duas extremidades de um processo antropológico milenar deste planeta. Ódio e amor. Poder e fé. Velhos arquétipos dominantes nas mentes exiladas.

Foi nessa fieira de ódio e incompreensão, há mais de 10.000 anos, que se organizou a primeira força militar da maldade na Terra. Eles se denominaram dragões, a mais antiga casta de poder formalizada no astral inferior de nosso orbe. Descendentes de ambos os troncos de exilados, como facínoras da hipnose coletiva, entrincheiraram-se na revolta e no ódio milenar. É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou submundo astral. Essa comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelos “dragões” legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionalmente.

A migração interplanetária é uma ocorrência contínua e natural no
universo. Da mesma forma, o ir e vir de comunidades no ambiente terrestre é uma constante. Obedecendo a fatores sócio-espirituais, diversos grupos reunidos por compromisso e afinidade deslocam-se conforme a extensão de suas necessidades de aprimoramento evolutivo dentro do planeta ou para fora dele, nas esferas mais próximas de suas manifestações vibratórias.

Pelo que podemos compreender do que André Luiz nos cita no livro em questão, Dragões seria uma espécie de título, de rótulo que aqueles espíritos se utilizam para se identificarem, assim como, por exemplo, os clubes de futebol tem seus respectivos nomes. É uma espécie de identificação grupal. Quanto a forma deles, também pelo que podemos entender, é a humana, porém, degradada pela persistência e prática de atitudes e pensamentos de cunho inferior.

Os já citados Dragões por André Luiz tornaram-se mais conhecidos no meio Umbandista pelas obras produzidas por Robson Pinheiro. Embora ele afirmando ser espírita ,é inegável o teor espiritualista de suas obras.

Dona Maria Modesto Cravo nos informou através do médium Wanderley Oliveira, sobre os dragões, e a sua resposta veio repleta de sabedoria:
 “Nossa reflexão na obra Os Dragões é apenas uma pequena fresta para que o homem, iluminado com o conhecimento espírita, perceba a natureza de nossos desafios e compromissos com as esferas subcrostais. Falamos menos das trevas de fora que daquelas que trazemos por dentro. Para quem deseja implantar a luz e o bem, é, no mínimo, uma obrigação conhecer nossos laços com as comunidades dos dragões”.