OS DRAGÕES – Filhos Rebeldes à Luz
Quem são os dragões e com que forma física ele se apresentam?
Com aspecto de forma humana-repteis (lagarto)?
Iniciamos
com um trecho do capítulo 8 do livro Libertação, do autor espiritual André
Luiz, onde ele relata que em uma missão liderada pelo instrutor Gubio e
seguido de Elói foram recebidos pelo sacerdote Gregório, numa cidade estranha
do localizada nas faixas vibratórias densas do umbral inferior. Sentado em
pequeno trono que lhe singularizava a figura no desagradável ambiente, a
exótica personagem rodeava-se de mais de cem entidades em atitude adorativa.
Trajava ele
uma túnica escarlate e nimbava-se de halo pardo-escuro, cujos raios,
inquietantes e contundentes, lhes feriam a retina. Com um simples gesto
determinou regime sigiloso para a conversação que entabolaria e em alguns
segundos, o recinto se esvaziou de quantos dentro dele se achavam, estranhos a
presença deles três.
Cumprimentou
Gubio, exibindo fingida complacência, e falou:
- Lembra-te
de que sou juiz, mandatário do governo forte aqui estabelecido. Não deves,
pois, faltar a verdade e acrescentou: Em nosso primeiro encontro, enunciaste um
nome...
-Sim –
responde Gubio, sereno -, o de uma benfeitora,
-Repete-o! –
ordenou o sacerdote, imperativo.
- Matilde
O semblante
de Gregório fez-se sombrio e angustiado. Dir-se-ia recebera naquele instante
tremenda punhalada invisível. Dissimulou, no entanto, dura impassibilidade e,
com a firmeza de um administrador orgulhoso e torturado, inquiriu:
_Que tem de
comum comigo semelhante criatura?
Nosso
orientador redarguiu, sem afetação: asseverou-nos querer-te com desvelado amor
materno.
-Evidente
engano! – aduziu Gregório, ferino – minha mãe separou-se de mim, há alguns
séculos. Ao demais, ainda
que me interessasse tal reencontro, estamos fundamentalmente divorciados um do
outro. Ela serve ao Cordeiro, eu sirvo aos Dragões (1)
(1) Dragões – Espíritos caídos no mal, desde eras primeiras da
Criação Planetária, e que operam em zonas inferiores da vida, personificando
lideres de rebelião, ódio, vaidade e egoísmo; não são, todavia, demônios
eternos, porque individualmente se transformam para o bem, no curso dos
séculos, qual acontece aos próprios homens. – nota do autor espiritual,
André Luiz.
Eis aí um
excitante assunto, ao qual muitos espíritas torcem o nariz, fingindo que ele não
existe na Doutrina Espírita e outros que o admitem, mas não falam no assunto,
por não achar a hora adequada; mas é chegada a hora de nós sairmos da concha
fechada do conhecimento mais básico do Espiritismo e da nossa ingênua idealização
romântica da doutrina e estudarmos as suas complexidade de fenômenos, que quer
queiram ou não, nos atingem.
Do livro Transição
Planetária (cap.4) pelo Espírito Philomeno de Miranda, Divaldo
psicografou: "Esta não é a primeira vez que o mundo terreno recebe
viajores de outras moradas, atendendo à solicitação de Jesus-Cristo, qual aconteceu no passado, no momento da
grande transição das formas, quando modeladores do vaso orgânico mergulharam
na densa massa física fixando os caracteres que hoje definem os seus
habitantes... Da constelação do Cocheiro vieram aqueles nobres embaixadores da
luz que contribuíram para a construção da Humanidade atual, inclusive outras inteligências, todavia,
não moralizadas, que após concluídos alguns estágios evolutivos
retornaram, felizes, aos lares queridos...
incontáveis membros das tribos bárbaras do passado, que permaneceram detidos em
regiões especiais durante alguns séculos, de maneira que não impedissem o
desenvolvimento do planeta, assinalados pelo primitivismo em que se mantiveram.
"Apresentam-se exóticos
uns, agressivos outros, buscando as origens primevas em reação inconsciente
contra a sociedade progressista, tendo, porém, a santa oportunidade de
refazerem conceitos, de aprimorarem sentimentos e de participarem da inevitável
marcha ascensional... Expressivo
número, porém, permanece em situações de agressividade e indiferença emocional,
tornando-se instrumentos de provações rudes para a sociedade que desdenha.
Fruem da excelente ocasião
que, malbaratada, os recambiará a mundos primitivos, nos quais contribuirão com os
conhecimentos de que são portadores, sofrendo, no entanto, as injunções rudes
que serão defrontadas. Repete-se, de certo modo, o exílio bíblico
de Lúcifer e dos seus comparsas, no rumo de estâncias compatíveis com o seu
nível emocional grosseiro, onde a saudade e a melancolia se lhes instalarão,
estimulando-os à conquista do patrimônio de amor desperdiçado na rudeza
No cap. 6 do
mesmo Transição Planetária; lemos:
... Ao acercar-se, podemos
ver em hediondez diversos Espíritos com fácies e formas lupinas como se
estivéssemos em um cenário de imaginação doentia, observando antigos seres
humanos que se fizeram vítimas da zoantropia. Com aspectos
repelentes e hórridos, eliminavam baba pegajosa pelas bocas escancaradas e os
olhos brilhantes procuravam os cadáveres cujos Espíritos estávamos libertando.
Subitamente tentaram
atirar-se sobre um dos montes de membros e corpos misturados, como se
estivessem esfaimados.
Fora a primeira vez que me
deparara com cena de tal porte.
Percebendo-me as
interrogações mentais, o hábil diretor veio-me em socorro, explicando-me:
- Trata-se de Espíritos muito
infelizes, cujas existências na Terra foram terrificantes e que construíram as
aparências perversas atuais como decorrência do mal que praticaram indiferentes
ao sofrimento que causavam. Haviam perdido a sensibilidade do amor e, por
isso mesmo, deformaram psiquicamente o perispírito que, após a desencarnação do
corpo somático, encarregou-se de modelá-los conforme se encontram. Sucede que a
única diferença em relação aos demais casos de zoantropia, é que, normalmente,
a ocorrência é individual, no entanto, porque constituíam um grupo asselvajado
que laborava em conjunto, o fenômeno alcançou-os a todos, neles plasmando a
deformidade lupina que os faz temerários, imprimindo-lhes as necessidades
alimentares típicas do gênero canis lúpus, mantendo a mente
entorpecida... Por automatismo, prosseguem na sanha do desequilíbrio até o
momento quando a misericórdia de Deus deles se compadeça e sejam recambiados às
reencarnações expiatórias muito dolorosas...
Cap 16 > Os dois mundos
de vibrações - físico e espiritual - aumentaram o intercâmbio com maior
facilidade e o conúbio espiritual inferior começou a fazer-se tão simples que
qualquer comportamento mental logo encontra resposta em equivalente sintonia
com os Espíritos que se movimentam nessa faixa vibratória. É claro
que aquela que diz respeito aos sentidos mais agressivos e sensuais, predomina na conduta generalizada.
Conversando com o amigo
Ivon, logo pensamos nas grandes lutas do Armagedom, conforme as velhas
anotações bíblicas, que seriam sintomáticas do fim dos velhos tempos, para dar
acesso aos novos e ditosos, transferidas do vale das guerras do passado de
Israel para todo o planeta atual...
As ameaças de fim do mundo,
criando pavores nas mentes e nos comportamentos emocionais mais frágeis,
começaram a ser motivo de medo, de ansiedade e de desespero, assim como as
propostas em favor do aproveitamento de todas as sensações, como forma de
esquecer a vida e suas mazelas, assumiram papel de destaque nos vários grupos
sociais...
Médiuns que haviam aceitado
compromissos de alta responsabilidade para exercer a faculdade com Jesus,
nestes difíceis dias, sem dar-se conta, estão abandonando a vigilância
recomendada pelo Mestre e por Allan Kardec, para engalfinhar-se em lutas de
competição doentia, buscando lograr posições de relevo, enquanto se fazem
instrumentos de Espíritos levianos, que se comprazem em profetismo de terror e
revelações confusas, mediante as quais tentam introduzir no movimento espírita
as informações inautênticas de que se fazem portadores, gerando incompreensão e
desordem.
Tudo diz respeito à resposta
das Trevas organizadas contra a programação do dúlcido Cordeiro, pacífico e
pacificador, que não revida ao mal, prosseguindo com os métodos do amor, no afã
de promover o progresso da Humanidade e do seu berço terrícola.
Em nossas reflexões, nas noites
seguintes, podíamos ver, sem qualquer dúvida, as caravanas de luminares
descendo na direção da Terra, com a
missão sublime de facilitar a reencarnação dos novos condutores do futuro ao
lado dos imigrados de Alcíone em verdadeira sinfonia de bênçãos.
Quem
então são os dragões?
O
planeta Terra tem encerrado em seu interior, no plano paralelo à vida física
(conhecido como plano astral) seres de brilhante inteligência, sedutora beleza,
porém formados sob outra ética, bem diferente da difundida pelo Cristianismo ou
pela Doutrina Espírita. São os famosos e lendários “dragões”, cujas
referências bíblicas podem ser encontradas no livro do Apocalipse.
O Livro de Enoch nos fala dos “Anjos Caídos” que
revelaram aos homens primitivos (terrícolas) muitos segredos e conhecimentos a
respeito de magia, astrologia, oráculos, como fabricar armas, e invenções
tecnológicas que ajudaram no erguimento das primeiras civilizações.
Os “dragões” são
entidades espirituais transmigrados de vários planetas em
levas de bilhões de criaturas rebeldes aos sublimes estatutos de Deus,
principalmente de “Capela” e que foram migrados para a Terra na época dos
hominídeos. Tais seres aqui aportaram com permissão das autoridades celestiais
quando a Terra ainda estava na transição de espécies mais primitivas de seres
humanos para a atual espécie que domina a face da Terra.
Porquê tinham corpo perispiritual extrafísico vieram em
naves astrais, dominada àquele tempo pelos tutores interplanetários que lhes
fizeram o transporte. Um trabalho de minúcias, planejamento e milênios de
execução.
São entidades
de elevado grau de inteligência, com larga soma de conhecimento das
leis naturais e com rara habilidade de manipular as energias. Conhecem a
psicologia da alma, avançaram em tecnologia e são tenazes na busca de seus
ideais. Adquiriram o domínio do inconsciente, tornando-se manipuladores dos
sentimentos; se desenvolveram sob a
ótica e ética das trevas, contrárias à evolução espiritual em direção à luz.
Chegados à Terra em degredo, formaram castas de rebelião
usando as tendências inatas de inconformação com o exílio. Renascidos nos
troncos antropológicos mais remotos, foram, paulatinamente, resgatando as
reminiscências da bagagem intelectiva e social que armazenaram.
Quatro troncos
de transmigrados foram decisivos para
a construção da história da Terra nos últimos 15.000 anos (consulte o livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, pelo
médium Francisco Cândido Xavier).
Eles se disseminaram pelos povos da Suméria e Mesopotâmia. Espalharam-se pela
Caldeia e depois pelos povos que originaram a família indo-europeia.
Deixaram relatos claros de seu poder criador no Egito, na
China, na Índia e na velha civilização greco-romana. Entre os quatro troncos,
dois deles, o ariano e o povo da casa de Israel ou tronco judaico-cristão2, sempre estiveram presentes nos mais
conhecidos episódios da história humana. Ora como egípcios,
ora como hebreus. Ora como romanos, ora como palestinos.
Ora como nazistas, ora como judeus.
Tais espíritos se revezaram em uma das mais sangrentas e
antigas disputas que transcende a chegada de todos eles a esta casa planetária.
Os arianos como cultores da raça pura e do progresso pelo domínio, amantes do
poder, das castas. Os judeu-cristãos como o grupo mais afeiçoado à religião, amantes
do Deus único e também os mais pretensiosos proprietários da verdade. Nos
primeiros, a arrogância nacionalista. Nos segundos, a arrogância religiosa.
Digladiam por milênios afora dando continuidade a uma
velha disputa pelo poder. Ambos adoecidos pela vaidade. Os arianos acreditam na
força bélica, e os judeu-cristãos na força divina. Religião e armas são duas
extremidades de um processo antropológico milenar deste planeta. Ódio e amor.
Poder e fé. Velhos arquétipos dominantes nas mentes exiladas.
Foi nessa fieira de ódio e
incompreensão, há mais de 10.000 anos, que se organizou a primeira força
militar da maldade na Terra. Eles se denominaram dragões, a mais antiga casta
de poder formalizada no astral inferior de nosso orbe. Descendentes de ambos os
troncos de exilados, como facínoras da hipnose coletiva, entrincheiraram-se na
revolta e no ódio milenar. É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou
socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou submundo astral. Essa
comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder e
sua hierarquia é composta pelos “dragões” legionários, justiceiros e
conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionalmente.
A migração interplanetária é uma ocorrência contínua e
natural no
universo. Da mesma forma, o ir e vir de comunidades no
ambiente terrestre é uma constante. Obedecendo a fatores sócio-espirituais,
diversos grupos reunidos por compromisso e afinidade deslocam-se conforme a
extensão de suas necessidades de aprimoramento evolutivo dentro do planeta ou
para fora dele, nas esferas mais próximas de suas manifestações vibratórias.
Pelo que podemos compreender do que André Luiz
nos cita no livro em questão, Dragões seria uma espécie de título, de rótulo
que aqueles espíritos se utilizam para se identificarem, assim como, por
exemplo, os clubes de futebol tem seus respectivos nomes. É uma espécie de
identificação grupal. Quanto a forma deles, também pelo que podemos entender, é
a humana, porém, degradada pela persistência e prática de atitudes e
pensamentos de cunho inferior.
Os já citados Dragões por André Luiz tornaram-se mais conhecidos no meio Umbandista pelas obras produzidas por Robson Pinheiro. Embora ele afirmando ser espírita ,é inegável o teor espiritualista de suas obras.
Os já citados Dragões por André Luiz tornaram-se mais conhecidos no meio Umbandista pelas obras produzidas por Robson Pinheiro. Embora ele afirmando ser espírita ,é inegável o teor espiritualista de suas obras.
Dona Maria Modesto Cravo nos informou através do médium Wanderley Oliveira, sobre os dragões, e a sua resposta
veio repleta de sabedoria:
“Nossa reflexão na
obra Os Dragões é apenas uma pequena fresta para que o homem, iluminado com o
conhecimento espírita, perceba a natureza de nossos desafios e compromissos com
as esferas subcrostais. Falamos menos das trevas de fora que daquelas que
trazemos por dentro. Para quem deseja implantar a luz e o bem, é, no mínimo,
uma obrigação conhecer nossos laços com as comunidades dos dragões”.