terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

MAS, O QUE É O AMAR?

EV.SEG.ESP. Cap. XI Item 8 – A lei de Amor 
O amor resume inteiramente a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso.

Que é Amar?
Não segundo a definição do dicionário, mas um viver-com-amor?
Qual a essência do amor? Ciúme é Amor? O que significa amar-se a si mesmo e ao próximo?

O verbo amar é um verbo intransitivo, ou seja; exprime uma ação que não passa do sujeito a nenhum objeto; o amor em si, o estado de amor, não é direcionado, não é o amor que geralmente conhecemos. Ele basta a si mesmo, é uma benção para seu fulcro, o centro de sua irradiação e para aqueles que dele se aproxima. No estado de Amor, o sujeito não ama uma pessoa ou coisa, ele Ama intransitivamente, sem cogitar da reciprocidade. Assim é o verdadeiro amor. Nem diríamos ‘’verdadeiro’’, porque não existe falso e verdadeiro amor. Existe o amor; temos de amar por amor do próprio amor.

Há uma linda história que diz muito do nosso tema.
Uma jovem, muito simples, mas, esperançosa e feliz, casa-se. Na vigência do casamento, nasce-lhe um filho deficiente.
Como se trata de uma jovem amorosa, ela não o repudia: vive com ele como vive com a chuva, com o vento, com a luz do dia, as estações. Não o compara com nenhum outro menino, mas aconchega-o ao peito e o amamenta, zela por ele, pelo seu crescimento, acompanha-lhe o desenvolvimento físico e mental até onde pode e finalmente deixa-o para que ele mesmo um dia encontre a sua luz.

Então ela nunca o compara com ninguém, com nenhum outro menino, porque vive-com ele em-si-mesmo, assim como ele é.

Se o comparasse, não era o filho que amava, mas uma imagem projetada de um outro ser, mais perfeito, segundo o conceito geral.

Sim, porque a comparação é um fundo desamor!
A comparação e a consequente lamentação e choro, são provas de um fundo desamor!

E quem não se ama, quem não gosta de sua própria vida, quem a si mesmo se aborrece, não pode amar o outro; isola-se, caminha celeremente para a neurose; porque estamos sempre a comparar o que somos com o que deveríamos ser.

O que deveria ser é apenas projeção do que aquilo que achamos que deve ser. E nisso há contradição, e nos queixamos, nos lamentamos e somos infelizes.

Viver com o que “é”, é viver em Paz.
Isso não significa acomodação, porque não estamos aqui falando da concretude da vida, da busca do conforto, mas da vida psicológica, do fato, como fato, daquilo que “é”, e você não pode mudar.
Quando não comparamos a nossa vida com o que quer que seja for vivemos com o que “é”, é viver com o que “é”, é viver em Paz, simplesmente ama.

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