HISTORIA ESPIRITUAL
DA TERRA - PARTE III
AMÉRICA – EURÁSIA – ISRAEL - MOISES
América,
ainda não fora descoberta pelos europeus, mas já era habitada pelos povos de
origem mongol, por meio dos quais os espíritos superiores ajudaram a erguer
grandes civilizações, usando os alambaques capelinos. Foram eles que
construíram as pirâmides do novo continente e as raças dos Astecas e Maias.
Na Eurásia,
os povos foram movimentados pelos préstimos de espíritos renascidos com grandes
missões, como Rhama, na Índia, e vários outros - que, aliás, a história se
esqueceu de registrar -, além de guias espirituais, que inspiravam os povos a
seguirem por certos caminhos.
No mundo
astral havia milhões de espíritos ainda não renascidos e a espiritualidade
incentivava a reprodução entre todos os povos e para acelerar a migração, e
vários povos foram submetidos a
alguns fenômenos de ordem natural, como secas, terremotos e inundações, que os
obrigavam a deslocaram-se a procura terra mais férteis.
Um guardião
especializado recebeu a incumbência de guiar uma pequena e esfacelada tribo do
vale do Kuban, no Cáucaso, até Haran, no norte da Mesopotâmia. Assim o fez e este guardião tornou-se
conhecido entre os hurritas, os descendentes de Hurri, como Yahweh.
Ele se
manifestou para os hurritas como seu guia Yahweh que significa: Eu sou – considerado para os hurritas
um deus da guerra, da vingança, das emboscadas e dos trovões. Yahweh mais tarde
ficou conhecido como Javé entre os
hebreus, (Jeová em português), quando foram escravos dos hurritas, portanto era
um guia espiritual e não o Deus Único que era cultuado como El (o sem nome).
Um fato interessante: em nenhum momento Jesus se denominou
Yahweh ou Javé ou Jeová para os hebreus, o que nos dá mais uma prova que Jesus
não foi Yahveh, ou Javé ou Jeová.
Enquanto
isso, os espíritos superiores, monitorando a evolução terrestre, depararam em Avram (um capelino degredado) um
fanático e empedernido seguidor do deus Yahveh, (também escrito como Yahweh). Usando o nome do deus hurrita, o transformou
numa divindade única e superior aos demais deuses da região. Sob a
coordenação de um outro guia espiritual capelino que acompanhou os degredados e
pela utilização de vasto grupo de espíritos seus comandados, foram incutindo
nas mentes das almas a ideia de um Deus único.
Avram, depois chamado de
Avraham e em
seguida Abraão, deu origem a uma grande
quantidade de filhos, que se espalhou pela região de Canaã e localidades
vizinhas. Itzhak (Isaac), seu filho, deu origem a gêmeos, Esaú e Yacob (Jacó),
e este último teve doze filhos que,
junto com os hicsos, foram para o Kemet – Egito, em virtude de grande seca que
devastou Canaã. Yacob (Jacó), devido a um sonho que tivera com o guia
espiritual ficou muito perturbado, mudando seu nome para Israel - aquele que luta com Deus -, e um dos seus filhos, Yozheph
(José), notabilizou-se no Egito por
ter ajudado a debelar uma terrível seca que assolou a região. Yozheph
era médium e intuido disse ao farão que viria a grande seca; ficou conhecido como
Tsafenat-Paneac, um tati (primeiro-ministro)
do faraó hicso Khian.
A tribo de Israel, entretanto, cometeu um grave
crime ao matar os indefesos habitantes de Siquém e, com isto, perdeu o apoio
direto de ter o guia espiritual esclarecido, que recebeu ordens de abandoná-los
ao seu próprio destino. Os israelitas passariam a ser acompanhados de
guias-mentores normais, e não mais de um grupo tão especializado como aquele
que fora comandado por espíritos superiores.
Procurando
um lugar para viverem, pois Canaã estava devastada pela seca, foram para as
terras negras do Kemet fertilizadas pela cheias do Iterou mais tarde Rio Nilo
(como assim o chamavam no Egito).
No Egito os
descendentes de Israel formaram uma grande tribo, que ficou conhecida na
história como os hebreus, tendo ficado no Egito por mais de 400 anos
subordinados ao faraó que os recebeu, haja vista a falta de mão de obra
operária para os serviços mais servis, uma mão de obra muito barata.
Nesse tempo
todo - mais de 400 anos -, os hebreus eram chamados pelos egípcios de habirus - hebreus pobres e miseráveis -
eram uma ralé, desprezados
pelos próprios hebreus israelitas (que se achavam a elite hebraica) como não
pertencendo à raça hebreia. Os habirus eram
os “escravos” do poder econômico; trabalham pela comida, enquanto os israelitas
eram proprietários de rebanhos de animais e os vendiam aos egípcios com muito
lucro, principalmente para os templos que precisam de animais para os
sacrifícios. Os egípcios se achavam não dignos de tratarem diretamente com os
animais.
Na verdade depois
destes 4 séculos, o faraó não mais queria os milhares de habirus em suas terras,
pela imundice e doenças que traziam e por não ter como alimentá-los (eram cerca
de 400 mil habirus) fora os israelitas que eram mais de 200 mil e tendo já
terminado as obras que o faraó determinara e faltava inaugurá-la, por isso os
habirus eram personas non grata, a escória de um povo que precisa ser retirada
do Egito.
Pelos muitas
gerações de hebreus que viveram no Egito, sendo que a média de idade não
passava de 40 anos, até menos, conforme os trabalhos exercidos, esse povo
perdeu as suas origens e passaram a cultuar os deuses egípcios e se achavam
pertencente àquele povo e não queriam mais sair do Egito.
O faraó
aproveitando-se de ter um neto bastardo: Ahmose
= MOSCHÊ
(Moisés), dá-lhe a missão de se retirar com esse povo do Egito; mas Ahmose encontrou grandes adversários nos
israelitas ricos e nos contramestres de obras que viviam de escravizar o povo
mais pobre com altos lucros.
Moises era
filho da princesa Hatshepsutt de uma ligação espúria com um príncipe fenício que havia
visitado o Egito para pagamento dos tributos anuais e por ali ficara um tempo,
tendo sido um amor à primeira vista dele com a princesa, uma união não
autorizado pelo seu pai, o faraó, que a desgraçara e mandara ter o filho em
local distante para não ter o ridículo de uma filha não casada e um neto
bastardo. Alguns historiadores a chamam de Tertumis e ou Termutis. Apesar disso
Moisés foi educado nos conhecimentos egípcios nas escolas-templos e ali
aprendeu tudo a respeito da cultura daquele povo, ficando muito tempo fora da
capital viajando sempre, inclusive conhecendo os outros povos da época. O Faraó
não o queria por perto.
Os
administradores terrestres voltaram a movimentar as forças espirituais e,
assim, Ahmose, MOSCHÊ (Moisés) neto do faraó Ramsés II. Tornou-se
Moschê, o grande libertador do povo hebreu, o qual o conduziu para o deserto do
Sinai, onde, naquelas longínquas plagas, moldou, como num cadinho ardente, um
novo povo. Esse vasto processo foi coordenado por Orofiel, um guardião comandado
de Mitraton, que assumiu a operação astral desse êxodo.
1232 A.C. – MÔSCHE (Moisés)
SAIDA DO KEMET (EGITO)
Para acelerar a migração, vários povos foram submetidos a alguns
fenômenos de ordem natural, como secas, terremotos e inundações, que os
obrigavam a deslocaram-se. Foi nesse período que se deram as famosas pragas,
que a Bíblia traz como produto de magias praticadas por Moises. A verdade é que naquele ano não aconteceu as
cheias do Nilo trazendo as pragas para a região. Os hebreus muito
supersticiosos sacrificavam cordeiros para os deuses e passavam sangue nos
portais das casas a título de proteção. Muitos morreram de ambos os lados por
causa das pestes trazidas pelos animais que adentraram a cidade, rãs, sapos,
ratos, insetos, moscas etc. Os fatos foram aproveitados como sendo motivo de
castigos dos deuses para com o Egito, mas o Faraó, Moises e Aharon sabiam da estratégia para conseguirem a adesão dos hebreus.
A falta de comida, as pestes, favoreceram ainda mais a vontade do
Faraó em mandar os hebreus embora, que resistentes não queriam sair do Egito,
principalmente a elite “israelita” e os contramestres. Então Aharon (ou Araon) um dos chefes de tribo e amigo de Moises contou a história
diferentemente dos fatos, dizendo que Yahveh havia mandado as pragas e que Moises havia convencido o faraó autorizar a saída dos hebreus. Moises
não queria levar apenas a ralé pobre, mas também os judeus ricos e todos os
israelitas, conforme combinado com o faraó, pois que estes queriam ficar.
Os administradores terrestres voltaram a movimentar as forças espirituais
e, assim, Ahmose, neto do faraó Ramsés II, tornou-se Moschê, o grande
libertador do povo hebreu, o qual o conduziu para o deserto do Sinai, onde,
naquelas longínquas plagas, moldou, como num cadinho ardente, um novo povo.
Esse vasto processo foi coordenado por Orofiel, o belo arcanjo de Mitraton, que
assumiu a operação astral desse êxodo. Moises que havia vivido muito tempo em
outras terras, conhecia muito bem os costumes da região, tendo vivido no
deserto.
Era o ano de 1232 a.C. e
Môsche (Moisés) estava com quarenta e dois anos, gozando de boa saúde física e
mental. As duzentas e cinquenta mil
pessoas do campo de Perramassu começaram a se movimentar. Havia cerca de
duas mil e duzentas carroças, seis mil camelos, quatorze mil cabeças de gado e
dezenove mil cabritos e ovelhas. Tudo havia sido permitido pelo faraó de ser
levado.
Moveram-se a um e meio
quilômetro por hora. Lento e desordenado, o grupo serpenteou o início do
deserto em direção a Sukot. A aldeia ficava a cinquenta e dois quilômetros e,
pelo andar da extensa caravana, levariam cinco dias para chegar lá. Após
andarem oito horas, pararam e montaram acampamento. Haviam andado pouca coisa
mais do que quatorze quilômetros e já estavam esgotados.
Naquela
noite, Moschê reuniu-se com seus assessores diretos e estabeleceram nova forma
de marcharem. A maioria sairá atabalhoada e chocara-se com os da frente. Era
preciso que os grupos andassem de forma diferente. O grupo da frente devia sair
primeiro, às seis horas, quando o sol nascia, e andar até às cinco horas da
tarde. Os demais grupos sairiam com uma diferença de um quarto de horas, de
forma a não pisarem uns nos calcanhares do outros. O último grupo sairia às
nove horas da manhã e pararia de andar às sete horas da noite. Com isto
imaginavam que poderiam andar dez horas por dia, a uma velocidade média de três
quilômetros por hora.
No quarto
dia chegaram em Sukot e acamparam por dois dias inteiros. Fundiram-se com os
pastores do lugar, num número acima de cinquenta
mil pessoas, dividindo-os de acordo com suas tribos. Remuniciaram-se de
água e partiram novamente em direção a Tjeku, que ficava a poucos quilômetros
de lá. Em Sukot, que queria dizer cabanas ou tendas em língua hebraica.
Em Tjeku, o
grupo inicial ajuntou-se com os quase trezentos
mil habirus que viviam lá, totalizando pouco mais de seiscentas mil pessoas,
dividindo-os em tribos de acordo com suas procedências. Durante quase uma
semana, o grande grupo uniu-se em torno dos doze grandes agrupamentos, e, no
final, os relatórios foram enviados para Môsche e Oshea.
No oitavo
dia, tentou-se fazer um censo, mas desistiram, já que a balbúrdia era grande e
Môsche estava com inusitada pressa de partir. Os doze grupos foram divididos às
pressas, e, no decorrer do tempo, haveria mudanças entre eles. Após esta
primeira triagem, agora com todos os hebreus de Perramassu, Tjeku, Sukot,
Baal-Safon e mais os pastores nômades e seus extensos rebanhos, o enorme grupo
começou a se deslocar pelo caminho de Sur em direção a Canaã.
O faraó Merneptah havia
discutido, na última reunião que haviam tido, que os grupos de habirus e
israelitas poderiam ressentir-se a partir do momento em que entrassem nos
deshéret - terra vermelha - pois o imenso calor, a falta de vegetação, a falta
de orientação e os perigos latentes em cada duna poderiam levá-los à defecção e
ao retorno às suas casas. Esta hipótese deveria ser combatida através de um
estratagema que impedisse os hebreus de nunca mais voltarem ao Kemet.
No final do segundo dia
de marchas, já tendo passado pelo lago Timsah, avançando cerca de vinte e dois
quilômetros em direção ao deserto de Sur, os israelitas começaram a observar
que uma força militar os estava flanqueando. Môsche foi logo notificado e todos
ficaram muito alarmados.
O exército do Kemet,
sobre bigas, ia muito mais rápido do que os hebreus, que se arrastavam sobre a
areia quente do deserto. Môsche deu ordem para que o grupo da frente, a tribo
de Reuben, se desviasse em direção ao Sul, numa tentativa de fugir das tropas
do faraó, que iam velozmente cortando à frente da imensa coluna.
Eles estavam a mais de
três mil metros de distância, sendo apenas visíveis no meio das colunas de
poeira que seus carros de combate levantavam. Muitos hebreus estavam
assustados, acreditando que os soldados os estavam perseguindo e que iriam
massacrá-los em pleno deserto, deixando suas carcaças para os abutres e
chacais.
Môsche dirigiu-se para a
última coluna, os da tribo de Benjamim, e disse-lhes que ficassem calmos, pois
Yahveh os protegeria. Realmente, alguns minutos mais tarde, a coluna de carros
de combates parou, fechando o caminho para Canaã, mas não perseguindo os hebreus.
Os últimos homens da fila observaram que os soldados não os estavam vendo, pois
olhavam na direção deles, e eles não se mexiam.
A noite caiu e podiam se
ver as luzes das fogueiras do acampamento dos soldados do faraó. Naquele
instante, Moschê estava reunido com o Conselho de Anciãos, tentando deliberar
sobre o que fazer.
- Não podemos ir pelo
caminho de Sur, pois os soldados do faraó o estão bloqueando. O que faremos
agora, Moschê? - perguntava um dos israelitas mais amedrontados.
- Será que o faraó mudou
de ideia e resolveu nos levar de volta? - perguntava outro, ainda mais
assustado.
Aharon, já totalmente
prevenido, com um rosto preocupado e o cenho franzido de medo, dizia: - Não há
dúvidas de que o faraó mudou de ideia. Só existe um caminho para Canaã e ele
está bloqueado. Para onde iremos daqui?
Começou uma discussão
entre as pessoas do conselho. Alguns queriam que os hebreus voltassem e outros
que fugissem, embrenhando-se pelo deserto de Etam. Môsche deixou que se
cansassem de falar e, no final, ofereceu a resposta esperada:
- Se Yahveh está
conosco, não devemos temer ninguém. Ele nos salvará. Devemos nos desviar das
forças do faraó e irmos em direção ao mar Vermelho, beirando-o até chegarmos à
terra dos madianitas, porquanto sei que lá encontrarei guarida com Jetro, meu
sogro.
- E os soldados do
faraó?
- Se nos seguirem serão
tragados pelo mar dos juncos que iremos beirar por toda a manhã. Se ficarem
onde estão, sem conseguir nos enxergar, desistirão e voltarão para suas casas,
dentro de poucos dias, quando terminarem suas provisões.
O Conselho ia voltar a
discutir quando Môsche, com sua voz cava e olhar glacial, levantou-se e disse:
- Yahveh-yire.
Em hebreu, isto
significava que o Senhor proverá. Ahmose lembrara-se da lenda de Avraham que ia
matar o filho Itzchak por ordem de Yahveh, quando o arcanjo Gabriel, no último
instante, não permitiu e providenciou um cordeiro que estava preso pelos
chifres numa espinheira para ser oferecido em holocausto.
E assim falando, saiu da
tenda em direção a sua própria para descansar.
No outro dia, Oshea
colocou a primeira tropa para mover-se e Môsche foi para a última fila dos
benjamins. O imenso grupo começou a se mover lentamente e os kemetenses os
seguiam a certa distância. Durante dois dias, os soldados seguiram os hebreus,
que marchavam cada vez mais depressa enquanto que Môsche ficava na última fila.
PASSAGEM
PELO MAR VERMELHO
No terceiro dia, viram o
mar Vermelho e durante duas horas tangenciaram a praia, seguindo um roteiro
preestabelecido. Oshea ia na frente, liderando o grupo, e Môsche fechava o
último dos hebreus.
O mar, seguindo a maré,
recuara cerca de trinta metros, permitindo que as enormes colunas margeassem
pela praia. Cerca de dois quilômetros atrás dos hebreus, vinha o exército do
Kemet com seus carros de combate. No entanto, o que não se podia esperar -
poucos conheciam aquelas remotas plagas - era que a maré do local subisse
rápido. Deste modo, alguns carros kemetenses foram alcançados pelo mar, que
refluía. Alguns desses carros, em manobras lestas, retiraram-se de perto da
praia, mas outros atolaram-se na areia molhada. Não passaram de vinte bigas,
que se viram molhadas, pois o grosso do exército estava mais à esquerda do mar,
não sendo afetado pela maré.
No entanto,
os benjamins viram quando alguns carros dos soldados do faraó atolaram,
exigindo que seus ocupantes descessem e empurrassem. Os animais ficaram
agitados e, deste modo, criou-se um pequeno alvoroço na frente da tropa, o que,
ao longe, visto pelos olhos dos amedrontados hebreus, pareceu que as águas do
mar estava tragando o exército. Um exagero, pois ninguém ficou ferido, tendo o
exército perdido apenas um cavalo com a perna quebrada e um carro que ficou
atolado, tendo sido coberto pela água.
Naquele instante, Môsche
disse aos últimos homens para que se apressassem, pois ele ficaria ali naquele
lugar, junto com os anjos de Yahveh e combateria o faraó. Estava montado num
camelo e não tinha nenhuma arma. Alguns queriam ficar com Môsche, mas ele foi
taxativo:
- Vão e não olhem para
trás.
Os homens partiram e
Môsche ficou sozinho naquele pedaço do deserto.
Esperou por mais de uma
hora quando uma biga foi avistada no horizonte. Algum tempo depois, a biga
aproximou-se de Ahmose e o comandante do carro de combate reconheceu o neto de
Ramassu II. Aproximou-se e disse-lhe em copta claro e perfeito:
- Salve mestre Ahmose.
Ahmose cumprimentou-o
com um aceno de mão. O oficial perguntou-lhe:
- Está tudo certo?
Podemos voltar daqui?
Môsche respondeu que
sim. E o comandante disse, em tom jocoso:
- O general Sahuré vai
gostar de saber. Ele está com humor péssimo por ter que andar neste forno.
Mandou-lhe lembrar que o faraó Merneptah deverá atacar Canaã dentro de
aproximadamente dez anos. Depois deste reide, você deverá levar seus habirus
para lá e tomar conta daquele lugar.
Môsche sabia de tudo
isto. Tudo fora minuciosamente planejado para que o exército do faraó
aparecesse e forçasse os hebreus a descerem para o Sul. Se eles fossem para
Canaã, seriam destroçados pelos habitantes daquele lugar. Com aquela manobra,
ele pôde levar os hebreus para o miolo do deserto sem que eles reclamassem ou
se recusassem a ir. Por outro lado, com os soldados do faraó em suas traseiras,
eles perderam qualquer vontade de voltar. Agora, que estavam enfiados
profundamente no deserto de Etam, não saberiam voltar.
Moschê
agradeceu ao comandante e disse-lhe que estava tudo certo, estabelecendo
Serabit El-Khadim, uma importante mina de turquesas e outros metais no Sinai,
como ponto de contato.
Moschê voltou o resto do
caminho sobre o dorso do camelo que o levara. Chegou ao acampamento quando o
sol já havia se deitado. Deram-lhe comida e água para beber e quando lhe
perguntaram onde estava o exército do faraó, ele falou laconicamente:
- O mar os
tragou!
No outro
dia, Moschê acordou um pouco mais tarde já que os benjamins eram os últimos a
se moverem. Estava moído de ter andado no deserto atrás dos hebreus, e assim
que saiu do seu abrigo provisório na tenda de um dos homens de Oshea, ele foi
aclamado pela população. Não só os benjamins como todas as tribos já sabiam que
os kemetenses haviam sido engolidos pelo mar de juncos que havia sido aberto
por Moschê, no poder de Yahveh, e que estavam todos mortos.
Realmente, o mar deveria
ter se aberto para deixar passar os filhos de Israel e se fechara matando os
kemetenses. Era o grande milagre de Yahveh, feito através do seu enviado
especial, Moschê. Moschê contou a verdade para Aharon e Oshea que riram da
história, mas souberam aproveitar-se ainda mais deste milagre de Yahveh para
fortalecer o ânimo do povo.