sexta-feira, 14 de abril de 2017

HISTORIA ESPIRITUAL DA TERRA - PARTE II

SUMÉRIA, MESOPOTÂMIA, EGITO e A ERA DOS DEUSES

ANTES DO CRISTO
A história das civilizações terrestres é a da lenta evolução de um conjunto heterogêneo de Espíritos falidos, em regime de provas e expiações. Foi há cerca de quinhentos milênios que encarnaram neste orbe os primeiros Espíritos conscientes, embora muito primitivos, em fase de incipiente desenvolvimento. De pensamento ainda inseguro e habitando corpos animalescos, mas direta e carinhosamente amparados pelas falanges espirituais do Cristo Divino, tiveram de aperfeiçoar, pouco a pouco e com enormes dificuldades, o seu próprio perispírito e os seus veículos carnais de manifestação, submetidos a longo e áspero transformismo evolutivo, tanto quanto a própria natureza terrestre, ainda em difíceis processos de ajustamento e consolidação.

A Antropologia moderna e a moderna Paleontologia registram, como marcos desse transformismo, primeiro o chamado Pithecanthropus erectus, depois dele o Sinanthropus pekinensis, que já usava o fogo e instrumentos de pedra e de madeira, o Homo heidelbergensis, seguido pelo Homo neandertalensis e pelo Homem de Cro-Magnon que viviam em grupos e em cavernas, aprenderam a pintar e a fazer toscas esculturas.

Foi somente há cerca de quarenta milênios, quando os selvagens descendentes dos primatas se estabeleceram na Ásia Central e depois migraram, em grandes grupamentos, para o vale do Nilo, para a Mesopotâmia e para a Atlântida, que surgiu no mundo o Homo sapiens, resultado da encarnação em massa, na Terra, dos exilados da Capela, cuja presença assinalou, neste planeta, o surgimento das raças adâmicas.

É natural que, em contato com a matéria mais densa, aflorassem nos primitivos habitantes do nosso orbe, sob o automatismo dos instintos, as sensações e experiências vividas pelo Princípio Espiritual na sua demorada marcha para a aquisição da consciência. Esse fato, além de lógico e natural, por corresponder ao maior e quase único patrimônio de conquistas vitais daqueles seres, era também necessário para lhes assegurar a sobrevivência no mundo das formas materiais espessas e pesadas.

Compreende-se que consciências ainda frágeis, mas rebeldes, assim servidas por todo um vasto arsenal de instintos inferiores, herdados da fase animal anteriormente vivida, surgissem no mundo em tão franco estado de selvageria, então agravada pelos novos poderes da vontade. Acresce que, acolhendo no seio de suas tabas numerosos Espíritos muito mais avançados em inteligência e em conhecimentos, porém revoltados e cruéis, sofreram-lhes a poderosa e deletéria influência moral, que ainda mais os inclinou à maldade deliberada, até mesmo através de cultos religiosos primários, sanguinolentos e perversos.

Muitos, porém, dos exilados de Capela, deixando-se tocar pelo sublime influxo das inspirações crísticas, pela saudade do seu paraíso distante e pelo sincero arrependimento de seus terríveis erros, conseguiram superar as suas imensas dificuldades psicológicas e inauguraram no mundo a era das grandes religiões. Organizadas pelas raças adâmicas, surgem então, no cenário do mundo, as quatro grandes civilizações da Antiguidade: a ariana, a egípcia, a hebraica e a hindu. Precisamos, porém, registrar que, muito antes de surgirem os arianos, já florescia no Oriente, como a mais bela e avançada das organizações primitivas do orbe, a grande civilização da velha China.

Das grandes organizações sociais criadas pelos ex-capelinos, a hindu é a mais antiga, vindo depois a egípcia, a hebréia e finalmente a ariana. Remontam a mais ou menos dez mil anos os primeiros surtos de civilização terráquea, embora, a rigor, só os acontecimentos dos últimos cinco milênios sejam convictamente registrados pela História.

Em geral, as tábuas historiográficas começam as suas cronografias por volta do ano 3.000 a.C., assinalando apenas por tradição o estabelecimento do Império Tinita, inaugurado por Menés, unificador dos dois reinos egípcios. São também muito vagos os registros humanos sobre o Faraó Zoser, iniciador do Império Menfita, cuja capital foi mudada de Tinis para Mênfis. Pouco minuciosas são, por igual, as notícias sobre os semitas do Tigre-Eufrates e suas notáveis cidades de Akad, Isin e Larsa.

A imponente civilização dos sumérios também floresceu no terceiro milênio a.C., nas cidades
mesopotâmicas de Erech, Ur, Eridu, Lagach, Uruk, Kish e Nipur e existem registros suficientes sobre a boa capacidade de organização política e comercial desse povo, cujos dotes técnicos e artísticos são atestados pelos canais de irrigação que construiu, por seus trabalhos em metais e pela escrita cuneiforme que desenvolveu. Os sumérios possuíam sistema funcional de pesos e medidas e a eles, astrônomos competentes, se deve a primeira divisão do dia em 24 horas e da hora em minutos e segundos. Seu rei Hamurabi, o sexto da primeira dinastia, enérgico e sábio, promulgou, na Babilônia, o primeiro grande código humano de leis, que tanta influência iria exercer sobre a legislação mosaica.

Na índia nasciam a Filosofia e a Religião, no espírito e nas vozes dos grandes iniciados. Surgem, nos caracteres sânscritos, os Vedas – (São quatro coleções de Mantras ou Samhitas, a saber: Big-Veda, Yajur, Sama e Atharva-Veda. Os Upanishads somente surgiriam muitíssimo depois, por volta do século VI a.C.) - , com os seus cânticos e as suas preces. Infelizmente, nascia também, no mundo, a dura discriminação racial, então estabelecida pela divisão da sociedade em castas. (Sacerdotes e nobres (os brâmanes); guerreiros (os xátrias); mercadores (os váxias); camponeses e trabalhadores (os sudras) e os parlas, que eram os autóctones dravinianos, de pele escura, descendentes dos primatas, aos quais os arianos recusavam qualquer tipo de direito.)

Na mesma faixa de tempo florescia a extraordinária civilização egipciana, em cujo seio alcançou grande desenvolvimento as atividades agrícolas e navais, o comércio, as artes, o direito, a escrita, a astronomia, a medicina e a matemática. As grandes cidades de Mênfis e Heliópolis eram os seus mais importantes centros teológicos, cujos colégios sacerdotais, dotados da mais alta cultura, exerciam ampla influência sobre todos os setores da vida social. Espíritos de notável grandeza evolutiva, os antigos egípcios construíram uma civilização muito superior ao nível daquela época e das que se lhe seguiram, terminando por deixar nas Grandes Pirâmides — monumentos de saber ainda não de todo decifrado — não apenas a lembrança dos seus sonhos e das suas esperanças, senão também roteiros valiosos para a inteligência humana dos tempos futuros. Se bem que a grande maioria daqueles seres de eleição tenha retornado a Capela, numerosas entidades daquela grei permanecem nas esferas espirituais do nosso orbe, integrando as excelsas falanges do Cristo. Lamentavelmente, alguns outros, supinamente infelizes, se transformaram, com infaustos comparsas ex-capelinos, em tenebrosos Dragões do Mal.

NIMRUD, CAPELINO RENASCIDO,
IMPLANTOU A PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO EM URUCK NA SUMÉRIA

O início da grande operação de redenção na Terra foi na Suméria, quando Nimrud, espírito capelino renascido, conseguiu, entre atos terríveis e maldades tétricas, implantar a primeira civilização em Uruck. Os alambaques (OS DRAGÕES), entretanto, que tinham não só a missão de trazer os degredados como também a de guiá-los, estavam excessivamente soltos, o que faria com que Mykael ordenasse a alteração dos padrões de comportamento dos dragões para fazê-los serem não somente guias de lobos - chefes de matilhas - como também modificarem seu íntimo a fim de se tornarem cordeiros de Deus.

Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.

Quanto ao fato de um espirito ainda inferior tornar-se guias de outros, vejamos o que nos ensina o Livro dos Espíritos, na questão 509:
509. Os homens no estado selvagem ou de inferioridade moral têm igualmente seus Espíritos protetores, e nesse caso esses Espíritos são de uma ordem tão elevada como os dos homens adiantados?
     — Cada homem tem um Espírito que vela por ele, mas as missões são relativas ao seu objeto. Não dareis a uma criança que aprende a ler um professor de filosofia. O progresso do Espírito familiar segue o do Espírito protegido. Tendo um Espírito superior que vela por vós, podeis também vos tornardes o protetor de um Espírito que vos seja inferior, e o progresso que o ajudardes afazer contribuirá para o vosso adiantamento. Deus não pede ao Espírito mais do que aquilo que a sua natureza e o grau a que tenha atingido possam comportar.

MESOPOTÂMIA

Em razão da existência do fértil vale criado pelo transbordamento de dois rios irmãos, o Tigre e o Eufrates, e de enormes facilidades para desenvolver uma sociedade em que a agricultura fosse a pedra angular, ficou estabelecido, no grande planejamento, que a Suméria seria o primeiro lugar de assentamento desses espíritos. Outros locais foram incluídos também no programa de transferência dos capelinos, para que a sua vinda influenciasse várias regiões do globo, tais como a Europa, influenciada, inicialmente, pelos celtas, e a índia, que abrigou esses seres no vale do Hindu. Posteriormente, seria a vez dos outros povos indo-europeus, e, no extremo oriente, a da Tailândia e a da China.

Esses indo-europeus haviam se dispersado a partir de pequenos grupos que saíram da Suméria no tempo de Nimrud e foram conduzidos pelos alambaques sob a tutela dos espíritos superiores para a Ásia Menor onde se miscigenaram com outras tribos indo-europeias de menor poder cultural do que os sumérios. Quinhentos anos mais tarde foram até a ilha de Creta e lá estabeleceram um verdadeiro império que ficaria conhecido como minoico devido ao mítico rei Minos de Creta.

A ilha foi devastada por um enorme tsunami com ondas enormes de sessenta metros, que varreram a ilha, destruindo a grande civilização minoica, ocasionado pela explosão do vulcão na ilha Terá a poucos quilômetros de Creta. Os remanescentes foram saindo em levas, aos poucos, no decorrer dos anos, espalhando-se por quase todo o Mediterrâneo, sendo conhecidos com muitos nomes, entre eles de povos do mar, que arrasaram o império Hitita. Os indo-europeus de Creta lutaram contra os dórios, que ocupavam o Peloponeso, e Platão confundiu os cretenses com os atlantes, que se originaram de Ahtilantê, em Capela, dando início à lenda do continente perdido de Atlântida.

KEMET (EGITO) –– 3600 a.C.
O Iterou – Rio Nilo
Uma das regiões que se tornaria de suma importância para o desenvolvimento da cultura, tecnologia e civilização mundiais seria a compreendida pelo Egito, outro local que fora escolhido para a imersão na matéria dos espíritos capelinos. Seriam nessas longínquas plagas que essas almas conturbadas estabeleceriam uma civilização monumental, de proporções absolutamente grandiosas.

Por volta de 3.600 a.C., os espíritos superiores determinaram que os alambaques levassem para aquelas plagas, com o intuito de desenvolverem o Kemet (Egito), vários grupos de sumérios.

Alguns desses grupos foram dizimados pelo caminho e outros foram desviados, motivo pelo qual acabaram estabelecendo-se em outros lugares. No entanto, três deles chegaram ao vale do Iterou e fundaram uma civilização, gradativamente, sem violência ou conquistas sangrentas. Um dos grupos se localizou em Ahmar, perto de onde está a cidade que se conhece hoje pelo nome de Cairo. Os outros dois se instalaram no sul e fundaram Nubt, conhecida hoje como Naqada.

A ERA DOS DEUSES
Durante um largo período de tempo, conhecido como a Era dos Deuses, os capelinos implementaram alterações estruturais, tecnológicas e, sobretudo culturais que, fundindo-se com os milenares e primitivos costumes hamitas, vieram a constituir a famosa civilização egípcia. O grupo de Ahmar fundou as cidades de Perouadjet, também conhecida como Buto, e Zau, conhecida como Sais. Enquanto isto, no sul, os dois grupos fundidos de sumérios fundariam a cidade de Ouaset, também conhecida pelo nome grego de Tebas.

Muitos dos capelinos degredados ficaram famosos por seus atos, que se tornaram lendas dessa época. Dois deles foram Aha Harakty, mais conhecido como Rá ou Ré, e seu pai, Ptah, que se notabilizou por suas obras de contenção e desvio do rio Nilo.

Além deles, os integrantes de um enorme grupo de capelinos degredados tornaram-se conhecidos como deuses da antiguidade, entre eles Amon, o lugar-tenente de Rá. No entanto, ninguém se tornou mais conhecido e amado pelo povo de Kemet do que Osíris.

Osíris foi rei do Kemet e, durante sua profícua administração, o povo pobre e abandonado, os felás, teve a oportunidade de possuir um pedaço de terra para cultivar, além de receber subsídios, ensinamentos e investimentos na primeira grande reforma agrária do mundo. Osíris era um capelino que viera em missão sacrificial junto a Isis, sua eleita do coração e futura esposa e rainha. O amor desses dois seres seria conhecido no mundo inteiro como a lenda de Osíris e Isis. Infelizmente, essa bela história de amor terminou tragicamente, pela vilania de seu meio-irmão, Seth, o terrível, que, na tentativa de assassinar Osíris, levou-o à tetraplegia, após desfechar-lhe um golpe na nuca.

Set, também chamado Setesh, Sutekh, Setekh ou Suty, eventualmente também grafado Seth, era considerado um deus egípcio da violência, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, da escuridão, das tempestades, dos animais e serpentes. Set fazia de tudo para conseguir o controle dos deuses e ficar no lugar de seu irmão Osíris.

Seth, sob a influência de um alambaque e de seu braço-direito, Aker, conturbaria o reinado com uma guerra civil sangrenta, que terminaria por dividir o Kemet em três reinos: dois no delta, chamados de Baixo Egito, com capitais em Perouadjet e Djedu, e um no Alto Egito, com capital em Teni.

Os administradores espirituais determinaram que o Kemet seria coordenado por Kabryel (posteriormente conhecido na Bíblia como anjo Gabriel), e que os alambaques teriam papel preponderante no desenvolvimento daquela civilização. Assim, com muitas lutas, marchas e contramarchas, a cultura foi implantada no Kemet.

Muitos capelinos renasceriam ali e se tornariam deuses, como Rá, Ptah, Sakhmet, Tefnu e Osíris, este último o mais doce dos seres daquela conturbada era dos deuses. Após terríveis momentos de guerra fratricida, o Kemet foi desmembrado, e se tornou As Duas Terras.

Seria preciso que aparecessem heróis truculentos como Zekhen, o Rei Escorpião, e Nârmer, seu filho e sucessor, para unificarem novamente o Egito que Aha (Rá), unira. Aventuras repletas de guerras, combates, traições e ardis, finalmente, levaram à união do Kemet - o Egito - numa grande nação de monumentos tão portentosos que nem o tempo foi capaz de apagar.

Os espíritos superiores tinham, entretanto, outros planos para implementarem a civilização na Terra, e seria por meio de grandes migrações que isso seria feito.


Mesmo depois de dois mil anos do degredo dos capelinos no planeta Terra, a civilização ainda estava estagnada. Esta havia dado um salto inicial, mas, após certo tempo, tornara-se novamente imobilista. Os administradores espirituais iniciaram, então, uma série de movimentos migratórios na Terra, com o intuito de mesclarem povos, raças e, sobretudo, culturas e tecnologias. Assim, iniciou-se, por volta de 1.800 a.C., um enorme movimento migratório em todo o planeta, o qual alcançou todos os rincões deste globo.

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