SUMÉRIA, MESOPOTÂMIA, EGITO e A ERA DOS DEUSES
ANTES DO CRISTO
A história das
civilizações terrestres é a da lenta evolução de um conjunto heterogêneo de Espíritos
falidos, em regime de provas e expiações. Foi há cerca de quinhentos
milênios que encarnaram neste orbe os primeiros Espíritos conscientes,
embora muito primitivos, em fase de incipiente desenvolvimento. De pensamento
ainda inseguro e habitando corpos animalescos, mas direta e carinhosamente
amparados pelas falanges espirituais do Cristo Divino, tiveram de aperfeiçoar, pouco
a pouco e com enormes dificuldades, o seu próprio perispírito e os seus
veículos carnais de manifestação, submetidos a longo e áspero transformismo
evolutivo, tanto quanto a própria natureza terrestre, ainda em difíceis
processos de ajustamento e consolidação.
A Antropologia moderna
e a moderna Paleontologia registram, como marcos desse transformismo, primeiro o
chamado Pithecanthropus erectus, depois dele o Sinanthropus
pekinensis, que já usava o fogo e instrumentos de pedra e de madeira, o Homo
heidelbergensis, seguido pelo Homo neandertalensis e pelo Homem
de Cro-Magnon que viviam em grupos e em cavernas, aprenderam a pintar e a
fazer toscas esculturas.
Foi somente há
cerca de quarenta milênios, quando
os selvagens descendentes dos primatas se estabeleceram na Ásia Central
e depois migraram, em grandes grupamentos, para o vale do Nilo, para a
Mesopotâmia e para a Atlântida, que surgiu no mundo o Homo sapiens, resultado
da encarnação em massa, na Terra, dos exilados da Capela, cuja presença
assinalou, neste planeta, o surgimento das raças adâmicas.
É natural que,
em contato com a matéria mais densa, aflorassem nos primitivos habitantes do
nosso orbe, sob o automatismo dos instintos, as sensações e experiências
vividas pelo Princípio Espiritual na sua demorada marcha para a aquisição da
consciência. Esse fato, além de lógico e natural, por corresponder ao maior e
quase único patrimônio de conquistas vitais daqueles seres, era também
necessário para lhes assegurar a sobrevivência no mundo das formas materiais espessas
e pesadas.
Compreende-se
que consciências ainda frágeis, mas rebeldes, assim servidas por todo um vasto
arsenal de instintos inferiores, herdados da fase animal anteriormente vivida, surgissem
no mundo em tão franco estado de selvageria, então agravada pelos novos poderes
da vontade. Acresce que, acolhendo no seio de suas tabas numerosos Espíritos
muito mais avançados em inteligência e em conhecimentos, porém revoltados e
cruéis, sofreram-lhes a poderosa e deletéria influência moral, que ainda mais
os inclinou à maldade deliberada, até mesmo através de cultos religiosos
primários, sanguinolentos e perversos.
Muitos, porém,
dos exilados de Capela, deixando-se tocar pelo sublime influxo das inspirações
crísticas, pela saudade do seu paraíso distante e pelo sincero arrependimento
de seus terríveis erros, conseguiram superar as suas imensas dificuldades
psicológicas e inauguraram no mundo a era das grandes religiões. Organizadas
pelas raças adâmicas, surgem então, no cenário do mundo, as quatro grandes
civilizações da Antiguidade: a ariana, a egípcia, a hebraica e a hindu.
Precisamos, porém, registrar que, muito antes de surgirem os arianos, já
florescia no Oriente, como a mais bela e avançada das organizações primitivas do
orbe, a grande civilização da velha China.
Das grandes
organizações sociais criadas pelos ex-capelinos, a hindu é a mais antiga, vindo depois a
egípcia, a hebréia e finalmente a ariana. Remontam a mais ou menos dez mil anos os primeiros surtos de
civilização terráquea, embora, a rigor, só os acontecimentos dos últimos cinco milênios sejam convictamente
registrados pela História.
Em geral, as tábuas historiográficas começam as
suas cronografias por volta do ano 3.000 a.C., assinalando apenas por
tradição o estabelecimento do Império Tinita, inaugurado por Menés, unificador
dos dois reinos egípcios. São também muito vagos os registros humanos sobre o
Faraó Zoser, iniciador do Império Menfita, cuja capital foi mudada de Tinis
para Mênfis. Pouco minuciosas são, por igual, as notícias sobre os semitas do
Tigre-Eufrates e suas notáveis cidades de Akad, Isin e Larsa.
A imponente
civilização dos sumérios também
floresceu no terceiro milênio a.C., nas cidades
mesopotâmicas
de Erech, Ur, Eridu, Lagach, Uruk, Kish e Nipur e existem registros suficientes sobre a boa
capacidade de organização política e comercial desse povo, cujos dotes técnicos
e artísticos são
atestados pelos canais de irrigação que construiu, por seus trabalhos em metais
e pela escrita cuneiforme que desenvolveu. Os sumérios possuíam sistema
funcional de pesos e medidas e a eles, astrônomos competentes, se deve a
primeira divisão do dia em 24 horas e da hora em minutos e segundos. Seu rei
Hamurabi, o sexto da primeira dinastia, enérgico e sábio, promulgou, na
Babilônia, o primeiro grande código humano de leis, que tanta influência iria
exercer sobre a legislação mosaica.
Na índia
nasciam a Filosofia e a Religião, no espírito e nas vozes dos grandes
iniciados. Surgem, nos caracteres sânscritos, os Vedas – (São quatro coleções de Mantras
ou Samhitas, a saber: Big-Veda, Yajur, Sama e Atharva-Veda.
Os Upanishads somente surgiriam muitíssimo depois, por volta do século
VI a.C.) - , com os seus
cânticos e as suas preces. Infelizmente, nascia também, no mundo, a dura
discriminação racial, então estabelecida pela divisão da sociedade em castas. (Sacerdotes
e nobres (os brâmanes); guerreiros (os xátrias); mercadores (os
váxias); camponeses e trabalhadores (os sudras) e os parlas, que eram os autóctones
dravinianos, de pele escura, descendentes dos primatas, aos quais os
arianos recusavam qualquer tipo de direito.)
Na mesma faixa
de tempo florescia a extraordinária civilização egipciana, em cujo seio
alcançou grande desenvolvimento as atividades agrícolas e navais, o comércio,
as artes, o direito, a escrita, a astronomia, a medicina e a matemática. As
grandes cidades de Mênfis e Heliópolis eram os seus mais importantes centros
teológicos, cujos colégios sacerdotais, dotados da mais alta cultura, exerciam
ampla influência sobre todos os setores da vida social. Espíritos de notável
grandeza evolutiva, os antigos egípcios construíram uma civilização muito
superior ao nível daquela época e das que se lhe seguiram, terminando por
deixar nas Grandes Pirâmides — monumentos de saber ainda não de todo decifrado
— não apenas a lembrança dos seus sonhos e das suas esperanças, senão também
roteiros valiosos para a inteligência humana dos tempos futuros. Se bem que a
grande maioria daqueles seres de eleição tenha retornado a Capela, numerosas
entidades daquela grei permanecem nas esferas espirituais do nosso orbe,
integrando as excelsas falanges do Cristo. Lamentavelmente, alguns outros,
supinamente infelizes, se transformaram,
com infaustos comparsas ex-capelinos, em tenebrosos Dragões do Mal.
NIMRUD,
CAPELINO RENASCIDO,
IMPLANTOU A
PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO EM URUCK NA SUMÉRIA
O início da grande operação de
redenção na Terra foi na Suméria, quando Nimrud, espírito capelino renascido,
conseguiu, entre atos terríveis e maldades tétricas, implantar a primeira
civilização em Uruck. Os
alambaques (OS DRAGÕES), entretanto, que tinham não só a missão de trazer os
degredados como também a de guiá-los, estavam excessivamente soltos, o que
faria com que Mykael ordenasse a alteração dos padrões de comportamento dos
dragões para fazê-los serem não somente guias de lobos - chefes de matilhas -
como também modificarem seu íntimo a fim de se tornarem cordeiros de Deus.
Aqueles seres angustiados e aflitos, que
deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações
empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta
terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura;
reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso
perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da
Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua
imensa misericórdia.
Quanto ao fato de um espirito ainda inferior
tornar-se guias de outros, vejamos o que nos ensina o Livro dos Espíritos, na questão
509:
509. Os
homens no estado selvagem ou de inferioridade moral têm igualmente seus
Espíritos protetores, e nesse caso esses Espíritos são de uma ordem tão elevada
como os dos homens adiantados?
— Cada
homem tem um Espírito que vela por ele, mas as missões são relativas ao
seu objeto. Não dareis a uma criança que aprende a ler um professor de
filosofia. O progresso do Espírito familiar segue o do Espírito protegido.
Tendo um Espírito superior que vela por vós, podeis também vos tornardes o
protetor de um Espírito que vos seja inferior, e o progresso que
o ajudardes afazer contribuirá para o vosso adiantamento. Deus não pede
ao Espírito mais do que aquilo que a sua natureza e o grau a que tenha
atingido possam comportar.
MESOPOTÂMIA
Em razão da
existência do fértil vale criado pelo transbordamento de dois rios irmãos, o Tigre e o Eufrates, e de enormes
facilidades para desenvolver uma sociedade em que a agricultura fosse a pedra
angular, ficou estabelecido, no grande planejamento, que a Suméria seria o
primeiro lugar de assentamento desses espíritos. Outros locais foram incluídos
também no programa de transferência dos capelinos, para que a sua vinda
influenciasse várias regiões do globo, tais como a Europa, influenciada,
inicialmente, pelos celtas, e a índia, que abrigou esses seres no vale do
Hindu. Posteriormente, seria a vez dos outros povos indo-europeus, e, no
extremo oriente, a da Tailândia e a da China.
Esses indo-europeus haviam se dispersado a partir de
pequenos grupos que saíram da Suméria no tempo de Nimrud e foram conduzidos
pelos alambaques sob a tutela dos espíritos superiores para a Ásia Menor onde se
miscigenaram com outras tribos indo-europeias de menor poder cultural do que os
sumérios. Quinhentos anos mais tarde foram até a ilha de Creta e lá
estabeleceram um verdadeiro império que ficaria conhecido como minoico devido
ao mítico rei Minos de Creta.
A ilha foi
devastada por um enorme tsunami com ondas enormes de sessenta metros, que
varreram a ilha, destruindo a grande civilização minoica, ocasionado pela
explosão do vulcão na ilha Terá a poucos quilômetros de Creta. Os remanescentes
foram saindo em levas, aos poucos, no decorrer dos anos, espalhando-se por
quase todo o Mediterrâneo, sendo conhecidos com muitos nomes, entre eles de
povos do mar, que arrasaram o império Hitita. Os indo-europeus de Creta lutaram
contra os dórios, que ocupavam o Peloponeso, e Platão confundiu os cretenses
com os atlantes, que se originaram de Ahtilantê, em Capela, dando início à
lenda do continente perdido de Atlântida.
KEMET
(EGITO) –– 3600 a.C.
O Iterou –
Rio Nilo
Uma das
regiões que se tornaria de suma importância para o desenvolvimento da cultura,
tecnologia e civilização mundiais seria a compreendida pelo Egito, outro local
que fora escolhido para a imersão na matéria dos espíritos capelinos. Seriam
nessas longínquas plagas que essas almas conturbadas estabeleceriam uma
civilização monumental, de proporções absolutamente grandiosas.
Por volta de
3.600 a.C., os espíritos superiores determinaram que os alambaques levassem
para aquelas plagas, com o intuito de desenvolverem o Kemet (Egito), vários
grupos de sumérios.
Alguns
desses grupos foram dizimados pelo caminho e outros foram desviados, motivo
pelo qual acabaram estabelecendo-se em outros lugares. No entanto, três deles
chegaram ao vale do Iterou e fundaram uma civilização, gradativamente, sem
violência ou conquistas sangrentas. Um dos grupos se localizou em Ahmar, perto
de onde está a cidade que se conhece hoje pelo nome de Cairo. Os outros dois se
instalaram no sul e fundaram Nubt, conhecida hoje como Naqada.
A ERA DOS
DEUSES
Durante um
largo período de tempo, conhecido como a Era dos Deuses, os capelinos
implementaram alterações estruturais, tecnológicas e, sobretudo culturais que,
fundindo-se com os milenares e primitivos costumes hamitas, vieram a constituir
a famosa civilização egípcia. O grupo de Ahmar fundou as cidades de Perouadjet,
também conhecida como Buto, e Zau, conhecida como Sais. Enquanto isto, no sul,
os dois grupos fundidos de sumérios fundariam a cidade de Ouaset, também
conhecida pelo nome grego de Tebas.
Muitos dos
capelinos degredados ficaram famosos por seus atos, que se tornaram lendas
dessa época. Dois deles foram Aha Harakty, mais
conhecido como Rá ou Ré, e seu pai, Ptah,
que se notabilizou por suas obras de contenção e desvio do rio Nilo.
Além deles,
os integrantes de um enorme grupo de capelinos degredados tornaram-se
conhecidos como deuses da antiguidade, entre eles Amon, o lugar-tenente de Rá. No entanto, ninguém se tornou mais
conhecido e amado pelo povo de Kemet do que Osíris.
Osíris foi
rei do Kemet e, durante sua profícua administração, o povo pobre e abandonado,
os felás, teve a oportunidade de possuir um pedaço de terra para cultivar, além
de receber subsídios, ensinamentos e investimentos na primeira grande reforma
agrária do mundo. Osíris era um capelino que viera em missão sacrificial junto
a Isis, sua eleita do coração e
futura esposa e rainha. O amor desses dois seres seria conhecido no mundo
inteiro como a lenda de Osíris e Isis. Infelizmente, essa bela história de amor
terminou tragicamente, pela vilania de seu meio-irmão, Seth, o terrível, que, na tentativa de assassinar Osíris, levou-o à
tetraplegia, após desfechar-lhe um golpe na nuca.
Set, também chamado Setesh, Sutekh, Setekh ou Suty,
eventualmente também grafado Seth,
era considerado um deus egípcio da violência, da traição, do ciúme, da inveja, do
deserto, da guerra, da escuridão, das tempestades, dos animais e serpentes. Set
fazia de tudo para conseguir o controle dos deuses e ficar no lugar de seu
irmão Osíris.
Seth, sob a
influência de um alambaque e de seu braço-direito, Aker, conturbaria o reinado
com uma guerra civil sangrenta, que terminaria por dividir o Kemet em três
reinos: dois no delta, chamados de Baixo
Egito, com capitais em Perouadjet e Djedu, e um no Alto Egito, com capital em Teni.
Os administradores espirituais determinaram que o Kemet seria
coordenado por Kabryel (posteriormente conhecido na Bíblia como anjo Gabriel), e
que os alambaques teriam papel preponderante no desenvolvimento daquela
civilização. Assim, com muitas lutas, marchas e contramarchas, a cultura foi
implantada no Kemet.
Muitos capelinos renasceriam
ali e se tornariam deuses, como Rá, Ptah, Sakhmet, Tefnu e Osíris, este último o mais doce dos
seres daquela conturbada era dos deuses. Após terríveis momentos de guerra
fratricida, o Kemet foi desmembrado, e se tornou As Duas Terras.
Seria
preciso que aparecessem heróis truculentos como Zekhen, o Rei Escorpião, e
Nârmer, seu filho e sucessor, para unificarem novamente o Egito que Aha (Rá), unira. Aventuras repletas de
guerras, combates, traições e ardis, finalmente, levaram à união do Kemet - o
Egito - numa grande nação de monumentos tão portentosos que nem o tempo foi
capaz de apagar.
Os espíritos superiores
tinham, entretanto, outros planos para implementarem a civilização na Terra, e
seria por meio de grandes migrações que isso seria feito.
Mesmo depois
de dois mil anos do degredo dos capelinos no planeta Terra, a civilização ainda
estava estagnada. Esta havia dado um salto inicial, mas, após certo tempo,
tornara-se novamente imobilista. Os administradores espirituais iniciaram,
então, uma série de movimentos migratórios na Terra, com o intuito de mesclarem
povos, raças e, sobretudo, culturas e tecnologias. Assim, iniciou-se, por volta
de 1.800 a.C., um enorme movimento migratório em todo o planeta, o qual
alcançou todos os rincões deste globo.
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