segunda-feira, 24 de abril de 2017

FRANCISCO, DE ASSIS, O HOMEM-PAZ

FRANCISCO DE ASSIS: O HOMEM-PAZ

Francisco,
És, para nós, fulgente referência de paz no mundo,
Onde ainda nos debatemos em tormentos.
Olhos de céus penetrantes com seu brilho profundo,
És a estesia que alteia e bruni nossos sentimentos,
A preparar-nos, conscientes, para que, ante as dores do povo,
Ante as lágrimas das gentes, tenhamos de viver um mundo novo.
De ter do amor maior acercamento,
De entender e cantar todo o bem do Evangelho,
Que ilumina, que transforma o homem-velho
Em nobre servidor.
És, pois, Amigo, qual uma estrela cadente,
A trazer-nos grandiosa e diferente
Vibração dos altos mundos.
E, porque leva-nos a desenvolver esforços tão fecundos
Para melhor atender aos reclamos da luz,
Tornas-te, assim, profundamente sublimado,
Transformado em mostra fiel de Jesus.
Fizeste do amor teu lema,
Cantado em quaisquer paragens,
Sob duras tempestades ou nas tórridas estiagens,
Nos abertos dias de sol ou nas noites mais escuras,
Junto a corações sensíveis ou a quem emparedava em secura.
Tornaste o amor teu mais formoso tema.
Deste de ti e tu mesmo te deste,
Contando apenas com as estrelas como sobreveste.
E sem alegar cansaço, e sem mostrar enfado,
Serviste imerso em contagiante alegria
A quem de ti queria sempre um pouco mais.
Transformaste a notívaga caligem em luz de pleno dia,
Viveste pelo bem sempre aureolado,
Porque eras, Francisco, o Homem-Paz.

Ivan de Albuquerque, psicografia de Raul Teixeira, inserido no livro A Carta Magna da Paz

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